quarta-feira, 18 de dezembro de 2002

Tempo, Tempo... Mano Velho,



o que é que há? A gente não vai se entender nunca?

Ou você me sobra, ou você me falta...

Será que não dá pra achar um equilíbrio, não??

Tá bom, eu sei que você vai dizer que a culpa é minha, que sou eu aqui a inconstante, a extremista. Mas, seja sincero, eu tenho tentado melhorar. Preciso da sua ajuda. Você assim, sempre em movimento, me deixa atordoada. Eu vivo tentando te parar um pouco pra gente conversar com calma, procurar saídas... mas você não pára, você passa, passa, passa... quando me dou conta, já te perdi. E dá uma angústia te perder...

Espera, não reclame! - eu admito que você também tem sido bom comigo, tem me curado umas dores enormes e muitas vezes é meu único remédio. Mas, poxa, de vez em quando você é muito cruel. E olha que eu nem estou falando das suas surpresinhas indigestas... Estou falando do dia-a-dia mesmo! Por favor, vê se dá uma trégua, a gente vive nessa luta contra você, é tão chato viver assim... Pára de correr um pouco... Ah, e, de preferência, pára nos momentos felizes, tá. Senão vai ser impossível suportar. Já não tem sido fácil...

Eu continuo apostando em você pra um monte de coisas. Não vá me decepcionar porque a minha vida depende disso. Deixo muitas coisas nas suas mãos porque não me resta mais nada.

Portanto, tempo amigo, seja legal. Conto contigo. Pela madrugada. Só me derrube no final.

Não me abandone mais.

É muito ruim não ter você.

J.

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