domingo, 31 de maio de 2009

elas cantam o rei
e eu sorrio em êxtase ao ouvir as canções que ele fez pra mim
e lembrar que respiro todo dia feliz e livre de tudo que é passado

Onde você estiver não se equeça de mim Com quem você estiver não se esqueça de mim Eu quero apenas estar no seu pensamento Por um momento pensar que você pensa em mim Onde você estiver não se esqueça de mim Mesmo que exista outro amor que te faça feliz Se resta em sua lembrança um pouco do muito que eu te quis Onde você estiver não se esqueça de mim Eu quero apenas estar no seu pensamento Por um momento pensar que você pensa em mim Onde você estiver não se esqueça de mim Quando você se lembrar não se esqueça que eu Que eu não consigo apagar você da minha vida Onde você estiver não se esqueça de mim
Não se esqueça de mim, Roberto e Erasmo


Você não sabe quanta coisa eu faria Além do que já fiz Você não sabe até onde eu chegaria Pra te fazer feliz Eu chegaria Onde só chegam os pensamentos Encontraria uma palavra que não existe Pra te dizer nesse meu verso quase triste Como é grande o meu amor Você não sabe que os anseios do seu coração São muito mais pra mim Do que as razões que eu tenha Pra dizer que não E eu sempre digo sim E ainda que a realidade me limite A fantasia dos meus sonhos me permite Que eu faça mais do que as loucuras Que já fiz pra te fazer feliz Você só sabe Que eu te amo tanto Mas na verdade Meu amor não sabe o quanto E se soubesse iria compreender Razões que só quem ama assim pode entender Você não sabe quanta coisa eu faria Por um sorriso seu Você não sabe Até onde chegaria Amor igual ao meu Mas se preciso for Eu faço muito mais Mesmo que eu sofra Ainda assim eu sou capaz De muito mais Do que as loucuras que já fiz Pra te fazer feliz
Você não sabe, Roberto/Erasmo

Olha você tem todas as coisas Que um dia eu sonhei prá mim A cabeça cheia de problemas Não me importo, eu gosto mesmo assim Tem os olhos cheios de esperança De uma cor que mais ninguém possui Me traz meu passado e as lembranças Coisas que eu quis ser e não fui Olha você vive tão distante Muito além do que eu posso ter E eu que sempre fui tão inconstante Te juro, meu amor, agora é pra valer Olha, vem comigo aonde eu for Seja minha amante, meu amor Vem seguir comigo o meu caminho E viver a vida só de amor
Olha, Roberto/Erasmo

Eu vi um menino correndo Eu vi o tempo Brincando ao redor Do caminho daquele menino Eu pus os meus pés no riacho E acho que nunca os tirei O sol ainda brilha na estrada E eu nunca passei Eu vi a mulher preparando Outra pessoa O tempo parou pra eu olhar Para aquela barriga A vida é amiga da arte É a parte que o sol me ensinou O sol que atravessa essa estrada Que nunca passou Por isso uma força Me leva a cantar Por isso essa força Estranha no ar Por isso é que eu canto Não posso parar Por isso essa voz tamanha... Eu vi muitos cabelos brancos Na fonte do artista O tempo não pára e no entanto Ele nunca envelhece Aquele que conhece o jogo Do fogo das coisas que são É o sol, é o tempo, é a estrada É o pé e é o chão Eu vi muitos homens brigando Ouvi seus gritos Estive no fundo de cada Vontade encoberta E a coisa mais certa De todas as coisas Não vale um caminho sob o sol E o sol sobre a estrada É o sol sobre a estrada É o sol... Por isso uma força Me leva a cantar Por isso essa força Estranha no ar Por isso é que eu canto Não posso parar Por isso essa voz, essa voz tamanha...
Força Estranha, Roberto/Caetano

quinta-feira, 28 de maio de 2009

a vida é um demorado adeus

fernanda é simone e o meu coração
simone é beta tati mari dani juli kiki kaká zazá todas

eu lá da platéia assisto tudo choro tudo e não sou ninguém
sou apenas o esboço de tudo que queria ter sido

ou do que serei em 40 anos
se a vida for um milagre

e se eu então falar pouco
e se eu ainda falar muito

com você
todas

...

PS: recordar é viver: meu tête-à-tête
e viver é ter visto fernanda contando esta história...

quarta-feira, 27 de maio de 2009

não seis

fui assistir a minha amiga cantar e então me dá vontade de escrever aqui todas as letras das músicas com a voz maravilhosa dela pra todo mundo ouvir o que eu ouvi e ficar feliz, mas não sei.

e aí eu vi uma exposição de arte para as crianças brincarem e tem poesia abstrata e concreta e sonho e pedra e eu queria colocar tudo aqui pra todo mundo sentir o que eu senti, mas não sei.

e depois fui comer com uns amigos e falamos de mil coisas boas e morremos de rir e eu tento lembrar umas frases que falamos lá pra escrever aqui pra compartilhar, mas não sei.

e então eu desço a cardeal com trânsito e fico lendo um monte de filosofia de rua nas paredes do cemitério e penso que seria legal decorá-las e guardá-las aqui, mas não sei.

e isso me leva longe e reflito sobre a vida a morte o meu tio que foi embora na semana passada depois de sofrer bastante mas não perder a fé e tento me lembrar bem da minha, mas não sei.

e eu queria falar muito da minha mãe que eu amo que está aqui sentada no sofá fazendo tapeçaria e isso me obriga a ficar acordada mesmo com sono porque é meu único tempo ao lado dela, mas não sei.

daí sei lá.

terça-feira, 26 de maio de 2009

nós que aqui estamos por vós esperamos

mas se você não admirar a pessoa, se não tiver orgulho dela, daquilo que ela é, daquilo que ela faz, daquilo que ela acredita... se você não se sentir a criatura mais feliz e privilegiada do universo por estar ali de mãos dadas com ela... se você não se encher de alegria, se seus olhos não brilharem, se você não tiver uma vontade louca de apresentá-la pra todo mundo porque ela é o máximo... se você não achar que ela é linda de morrer e que ninguém tem mais brilho... se você não tiver pelo menos uma pequena esperança de que um dia a sua casa estará aberta para ela, os aniversários, as páscoas, os natais, os almoços de domingo... se você não fizer questão de conhecer e amar a família dela... e os amigos dela... se você não cogitar a possibilidade maravilhosa e perfeita de vocês envelhecerem sem se desgrudar, lendo na cama, assistindo a todos os seriados que ainda vão inventar, indo ao cinema e ao teatro, jantando fora, no japa, no mexicano, na churras ou em qualquer boteco... se você não tiver certeza de que terá assunto para conversar com ela pro resto da vida... se você, enfim, não tiver uma vontade genuína e feliz de agradecer aos céus ou sejalá-pra-quem cada vez que olhar para ela... aí, bobagem, vai passar logo, pode esperar.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

there is no place like home

é porque há, sim, alegria. tanta que eu me confundo. é um dia, outra noite, uma madrugada inteira, sol de manhã. sonhos espalhados pelo corredor e um monte de futuro. estar seguro é estar a salvo e salvo algumas ruas desertas eu estou. quando não sei se vou por favor decide por mim é tão bom. o som da sua boca toca mil motivos na minha falta. posso usar ribalta só pra rimar mas o que eu queria mesmo... seus olhos. um pouco. como é louco o sentido se a gente deixar. poderia até ser verdade. engraçada a vaidade mesmo quando não é. e como é sorridente a alegria. utopia ou não já me condena culpada. traiçoeiro o pensamento. mas que nada. é vento. é vento. é vento. que cilada a alegria. eu sei saberei já sabia.

domingo, 24 de maio de 2009

na cadência bonita do samba

cadê você que solidão

sábado, 23 de maio de 2009

this is what you get

o que eu vou dizer não é triste.
mas é isto. e isto é o que há: o que não há.

e então sempre como não podia ser diferente depois de tudo é tudo sempre igual. você entra no seu carro e vai dirigindo sozinha pelo caminho decorado. chega sozinha dorme vai acordar e... replay.

so what? oh dear, come on and change it all.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

DE VITA SUA

terça-feira, 19 de maio de 2009

boundaries

abram as cortinas tem alguém gritando lá atrás. pelo amor de deus abram as cortinas tem alguém sufocando lá atrás. não vejo nada quando vem a luz ela se cala. abre as cortinas e entra. ninguém vai lhe falar nada é você que tem que ir. pode ser escuro talvez você se machuque mas pode ser bonito à luz de velas quando seus olhos se acostumarem com o jeito de olhar. ela não vai deixar você se machucar. abram as cortinas pelo amor de deus! ela não pode andar até aqui a marca é outra ela não ultrapassa os limites. mas estende as mãos na espera. que venha. abram as cortinas que já é tempo. ainda até quando não sabe se vai desistir logo ou nunca. sabe que o cheiro pode ser inebriante mas tem medo da ilusão. tem medo de todas as ilusões. por favor, abram as cortinas tem alguém gritando aqui. pode ser bonito.

...

Seconds, hours, so many days.
You know what you want but how long can you wait?
Every moment last forever if you feel you’ve lost your way.
What if your chances are already gone?
Started believing that I could be wrong
But you give me one good reason to fight and never walk away.
Coz hear I am — still holding on!


Every step you climb another mountain
Every breathe its harder to believe
You’ll make it through the pain
Weather the hurricane
To get to that one thing

When you think the road is going nowhere,
Just when you’ve almost gave up on your dreams,
Then take it by the hand and show you that you can.
You can go higher. You can go deeper.
There are no boundaries Above and beneath you.
Break every rule coz there’s nothing between you and your dreams.


Every step you climb another mountain
Every breathe its harder to believe

No boundaries, american idol 8 finale

domingo, 17 de maio de 2009

palpite no peixe na mosca

às vezes me espanto
com a minha
sempre certeira
intuição


(você não?)

sábado, 16 de maio de 2009

colher, fio dental e óculos escuros

a vida é filme.
sim, porque al-guém TEM que ter escrito isto.

senão como você me explica
esses encontros inacreditáveis da vida?

está escrito em algum lugar. TEM que estar.

você não acha?
eu tenho certeza acho.

muito prazer.
quer mais chá??
PS: o café, eu também tomo amargo, obrigada.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

vambora

é possível ser feliz incompleta?
sim. esta noite foi feliz, embora incompleta.
sim, esta noite, fui feliz embora.
incompleta e feliz.

porque eu já aprendi a viver bem assim.
bem assim.

embora.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

a estranha

- tá tudo muito estranho, ela disse.
eu, concordei.

ali diante daquele rosto que de estranho para mim já não tem nada, concordei.
protegida atrás da penumbra e das minhas omissões convictas, concordei.
concordei sorrindo, ainda que resignada:
- é, tá tudo muito estranho mesmo.

mas concordei pensando na distância enorme e intransponível que há entre o estranho dela e o meu. o dela é ingênuo e passageiro, se resolverá logo. o meu, não. o meu estranho é profundo e vai permanecer. estará lá a cada penumbra e a cada uma das minhas omissões repetidas. será tudo sempre muito estranho enquanto eu não sei exatamente do que ela fala e enquanto eu falo de qualquer coisa para prolongar o tempo, a penumbra e o meu sorriso. será sempre muito estranho enquanto for estranho. para ela, raso e infantil. para mim, um céu, um mar, um absimo.

terça-feira, 12 de maio de 2009

vaga

tem os que passam
e tudo se passa
com passos já passados

tem os que partem
da pedra ao vidro
deixam tudo partido

e tem, ainda bem,
os que deixam
a vaga impressão
de ter ficado

Alice Ruiz

segunda-feira, 11 de maio de 2009

ex-finge

Estás só. Ninguém o sabe. Cala e finge.
Mas finge sem fingimento.
Nada ’speres que em ti já não exista,
Cada um consigo é triste.
Tens sol se há sol, ramos se ramos buscas,
Sorte se a sorte é dada.


Ricardo Reis (FP)

domingo, 10 de maio de 2009

de mães, amores, saudades incuráveis e o estômago embrulhado

1. do estômago embrulhado
hoje recebi notícias invisíveis
recebi notícias invisíveis hoje
recebi notícias hoje invisíveis

2. das saudades incuráveis
Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.
(Saudade, em A Descoberta do Mundo, Clarice Lispector)

3. dos amores
O "amar os outros" é tão vasto que inclui até perdão para mim mesma, com o que sobra. (...) Amar os outros é a única salvação individual que conheço: ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca. (...) Sempre me restará amar. Em escrever eu não tenho nenhuma garantia. Ao passo que amar eu posso até a hora de morrer. Amar não acaba.
(de As três experiências, em A Descoberta do Mundo, Clarice Lispector)

4. das mães
Eu me orgulho deles, eu me renovo neles, eu acompanho seus sofrimentos e angústias, eu lhes dou o que é possível dar. Se eu não fosse mãe, seria sozinha no mundo. Mas tenho uma descendência, e para eles no futuro eu preparo meu nome dia a dia. Sei que um dia abrirão as asas para o vôo necessário, e eu ficarei sozinha. É fatal, porque a gente não cria os filhos para a gente, nós os criamos para eles mesmos.
(de As três experiências, em A Descoberta do Mundo, Clarice Lispector)

quarta-feira, 6 de maio de 2009

o que é preciso?

são duas horas da manhã eu preciso trabalhar e minha cabeça não deixa. penso em tanta gente em tanta coisa em tantos caminhos caminhados coloridos felizes ou não. eu preciso escrever um monte de coisas que não sei mas só escrevo isso sempre o mesmo de sempre que não sai de mim desde que nasci. cada ano que passa e parece que passa nada passa quando fico assim e não consigo fazer nada além disso que não me serve mais. não posso dormir porque preciso trabalhar mas não consigo me concentrar nisso que talvez devesse importar mas no fundo não tem a menor importância por isso só me pego pensando nas coisas que tornam a vida possível. na minha cabeça nada do que deveria mas se repete a frase da música que ouvi há horas e não devia estar aqui porque não tem nada a ver com isso. a vida é tão rara. o que é que a gente faz quando precisa trocar tudo que está dentro mas não pode esvaziar senão o risco é de não ser são nunca mais enquanto ainda estou aqui. são três horas da manhã e eu preciso trabalhar para provar que sou capaz e sair de casa às nove para chegar lá às dez e dizer quanto eu custo. eu custo a acreditar que isso está acontecendo porque a minha cabeça não pára de cuspir palavras e eu devia estar fazendo outra coisa. coisa. esses cabelos compridos às vezes me irritam demais e então me dou conta de que já perdi a conta de quantas crases usei quando não uso mais trema e então devo estar compensando. são quatro horas da manhã e fico compensando uma coisa com outra portanto entenda que no fundo nada disso tem a ver com você é só um escape. um ladrão. essa coisa toda me rouba um tempo precioso que devia estar sendo ocupado com algo de útil e nada me convence de que o que eu devia estar fazendo é mais útil do que isso. preciso tirar esses passos todos de dentro de mim deitada no chão do xadrez que não acaba nunca enquanto a rainha se movimenta ainda que sem ter a menor idéia de aonde vai e do que pode fazer para vencer o jogo. é uma brincadeira ridícula essa que a cabeça da gente insiste em brincar. bato a testa na parede repetidas vezes para ver se alguma coisa acontece mas eu não enxergo nada a não ser os amores inacabados que me sangram pelas têmporas doloridas de tanto forçar a vista e tentar ver o que não existe. não encontro mais dentro de mim o sangue fervendo que faz tudo valer a pena mesmo no meio da madrugada quando já sei que o dia vai começar e eu não estarei em nenhum outro lugar a não ser neste mesmo espaço repetido há anos. e com a cabeça vazia quando não podia porque eu já disse que esvaziar é um risco grande demais quando são cinco horas da manhã e já já eu não tenho mais lua. ela fica lá e eu não posso tocá-la nunca e mesmo que não queira eu me convenço de que seria bom só pra ter alguma coisa em quem pensar quando chega a madrugada cheia de trabalho incompleto e vontades misturadas a nada. eu misturo tudo toda vez e é por isso que nada chega a lugar nenhum e os meus sonhos são solitários de dia de noite de pedra de pó de poeira de estradas de terra e o pôr de sol de um dia feliz quando passava o trem que a gente achava que estaria lá pra sempre. mas a terra gira e mesmo o mesmo trem é outro e eu nem sei mais onde você está ou quem é você em mim ou em qualquer outra pessoa que te complete ou te iluda. nem você sabe se este você é você porque quando eu falo dessa vontade ela não tem o cheiro de ninguém só o meu coração que não sabe mais o que diz ou sente iludido ou não. eu esqueci tudo que sabia de cor porque nada mais existe em nenhum papel em nenhuma tela é tudo ilusão e cinema que termina quando eu sou obrigada a abrir os olhos cheios d'água na frente e atrás de todo o mundo. e me envergonho me envergonho me envergonho me envergonho porque não levanto da cadeira há horas há anos há dezenas de desejos ridículos e saudade idiota e a luz apagada não demora o tempo que eu preciso para dizer não obrigada. são oito horas da madrugada. deite. o oito. e tudo de novo ficou pra trás pra frente pra sempre que ventania vai acabar a luz de nov

terça-feira, 5 de maio de 2009

quando partes II

236.

(...) Senti tudo de repente. E a minha alegria
manifesta-se por este gesto de raiva que não sinto.

D., FP

segunda-feira, 4 de maio de 2009


wolverine

domingo, 3 de maio de 2009

quando partes

ah como me assusta ver que as partes de você estão mim.
até as que não são eu.
não-são?

sábado, 2 de maio de 2009

foryoutopractice II

.andthensuddenlyyoucomefromnowhereinthemiddleofthenight.
.unbelievableandcompletelynotfair.
.againandagainandagain.
.youremorethanmean.
.youarewicked.
.Iamnot.
.Ifell.
.f!!.

foryoutopractice

.assoonasIgettoforgetyouforaminuteyoujustappeartomakemeremember.
.itseemsyoufeelIamtryingtowalkawayandyouwontletmego.
.itfeelsyouarejustreadytotakemebackrighton.
.definalydefinalynotfair.
.youaremean.
.Imeanit.
.Ifall.
.f!.



sexta-feira, 1 de maio de 2009

senti

são seis horas da manhã de um dia primeiro qualquer
eu não durmo não acordo sinto tudo e nada. sinto.
faço nada faço tudo caminho o caminho. vou.
me alimento e vomito tudo. vomito nada.
acredito esqueço tento de novo. nada.
diminuo cresço e fico igual. volto.
repito tudo e nada tanto faz.
luto um pouco depois só.
fico esperando o avião.
ainda pode ser. era.
sei de nada. tudo.
falta um pouco.
é tudo quase.
falta nada.
faltava.
já foi.
é.