terça-feira, 4 de novembro de 2003

A vida longe daqui...

Pois é, que coisa louca...

De repente esse meu refúgio foi substituído por um amor.

Um amor tão maravilhoso na minha vida real.

Não que as palavras aqui não sejam reais.

O que registrei neste espelho reflete o mais real de mim...

Meus sentimentos, minhas sensações, minhas angústias...

Mas, de repente, para registrar as alegrias não tenho tempo.

Simplesmente isto: não tenho tempo.

Talvez porque quando a gente volta a ser feliz assim, de repente, por amor, não há tempo para mais nada que não amar.



Então em vez de escrever diários, escrevo dias de amor. Em vez de escrever poesia, escrevo cartas de amor. Em vez de escrever contos, escrevo uma linda história de amor. E desta vez não tem nada de hiperbreve. Tomara que seja hiperlongo, hipersempre, hiperlindo, hipertudo.



Aqui nunca tive regras. Como não tenho.

Este espelho de mim é assim. Permanece aqui. Assim.

Às vezes venho escrever nele... Às vezes não...

Mas minha imagem permanecerá aqui enquanto este espelho existir...



Ainda que a minha imagem atual - e tomara que eterna - de quem recuperou a felicidade, de quem reaprendeu a viver... de quem re-amou... Ainda que essa imagem nova e feliz não combine com o fundo deste espelho, isso tudo sou eu, claro. Isso tudo me ajudou a reconstruir em mim o que desmoronava... Ajudou a me deixar pronta pra ser feliz de novo.



Portanto, espelho espelho meu, se um dia eu te perguntei se existia alguém mais triste do que eu, esqueça...

Hoje nem preciso perguntar... Mais feliz do que eu não há. Mordi a maçã do amor. E a bruxa má morreu.





Que presentes te daria

Uma estrela vã do firmamento

Pra iluminar o vão do pensamento

Pra iluminar o vão do pensamento



Uma TV na garantia

Arvores plantadas no cimento

E o meu perfume na rosa dos ventos

E o meu perfume na rosa dos ventos

E o meu perfume na rosa dos ventos



Um novo ritmo

Cartas de amor com frente e verso

E meu percurso nesse universo

E meu percurso nesse universo

E meu percurso nesse universo



Nas horas sem fim

Em que a dor não tem mais cabimento

É no teu prumo que eu me oriento

É no teu prumo que eu me oriento

É no teu prumo que eu me oriento



Catedrais de alvenaria

Senhas pra não mais perder a vez

Casa, comida e um milhão por mês

Casa, comida e um milhão por mês

Casa, comida e um milhão por mês



Os presentes - Kleber Albuquerque