terça-feira, 19 de abril de 2005

Papa de quem?
Sou cristã. Porque gosto.
Ja fui mais. Já fui mais feliz com isso.
Quero dizer, já tive mais fé.
De qualquer forma, desejo que Deus abençoe este novo papa.
Porque, se a igreja andar ainda mais para trás...

E desejo, também, que não seja tudo mentira.

quarta-feira, 6 de abril de 2005

The L Word
Se você ainda não ouviu falar nesse seriado americano, vai ouvir.

É bem provável que comece a passar na Warner, em agosto. E vai ser um bafafá. Aposto que vai ter gente gritando e se jogando da janela: esse mundo está perdido! Será?

The L Word é centrado em mulheres que amam mulheres. Ou que desejam mulheres. Ou que disputam mulheres. E aí entram mulheres de todos os tipos. Alguns, americanos demais para o nosso coração e nossos valores latinos e caretas - como os meus. Mas, de qualquer forma, a coisa é tão bem-humorada que dá pra digerir numa boa. A gente até chega a achar que aquilo é brincadeira. Mas o caso é que não é. Nada em The L Word é brincadeira. E a grande questão da série, para mim pelo menos, é esta mesmo: cada vez mais aquilo tudo é realidade. E já não acontece só nos guetos e na calada da noite. As mulheres estão se amando - amando mesmo - cada vez mais. Talvez seja um reflexo da incapacidade dos homens de acompanhar o desenvolvimento e a maturidade das mulheres, talvez seja um retrato tardio do que sempre existiu guardado nas profundezas da alma feminina. Talvez seja só o que sempre foi, e que antes só poucas ousavam arriscar. Talvez não seja nada disso, mas muito mais simples. Quem tem essa resposta?

Quando a história começa a ser contada - e existe uma legião de mulheres brasileiras que já acompanha The L Word desde que começou nos EUA, há uns três anos - Bette (a atriz de Flashdance, imagine!) está casada com Tina há sete anos e querem ter um filho, Alice diz que gosta de homens também, Dana é uma tenista famosinha que tem mil problemas para se aceitar e assumir, Shane é um moleque, não quer compromisso e é desejada por todas as mulheres do mundo, Jenny se separa do namorado depois de descobrir que está apaixonada por Marina, a dona do Café onde elas se encontram, uma francesa meio misteriosa, linda e sedutora. Além delas, temos Kit, meia-irmã de Bette. Kit não é gay. É uma daquelas negras americanas que cantam como ninguém! Ela está saindo da dependência do álcool e tem um papel fundamental na trama, porque permite algumas outras histórias que não girem só em torno das meninas. Mas também vive com elas e é adorada por todas.

Pouco importa, na verdade, quem cada uma é e o que cada uma faz. O grande negócio são as relações. E aí, a verdade é que a vida se repete, a arte repete a vida, a vida copia tudo de novo. E lá estão todas as mulheres. Todas. Até alguém que você já foi um dia, mesmo que não seja mais. Em algum tempo do que se vê na série, você se reconhece. Nos flashbacks da adolescência, nas mães, nas participações especiais em um ou outro episódio. Em algum momento. você se encontra. Ou em vários. Sei lá. Mas que é gostoso de ver, é. E que é tudo verdade, também é.

O seriado já está no oitavo episódio da segunda temporada, a primeira tem 14. E tem tudo aí pela net pra baixar. Passa aos domingos, nos EUA, no canal Showtime. Está super emocionante, apesar de eu achar curtíssimos os episódios para o tipo de trama que se cria a cada dia... Acontece muita coisa em muito pouco tempo e você acaba sendo muito provocada e, de repente, desamparada demais durante o resto da semana. (rs)

Só estou escrevendo tudo isso porque acho importante as pessoas saberem como anda o mundo. Porque, definitivamente, tem gente que vive à margem - e não são mais as mulheres que fazem e que assistem a The L Word. Wake-up!

"Give her flowers and tell her: you hold all the cards. No mather what she says, tell her: you hold all the cards."

"There's only one thing that cuts across all our realities. It's love. The bridge between all our differences."

terça-feira, 5 de abril de 2005

Momentos
Quantas e quantas pessoas já escreveram sobre isso.
Quantos pensadores já discutiram o assunto.
Quantos formadores de opinão já entrevistaram profissionais, estudiosos, filósofos, profetas... Quantos já questionaram, já pesquisaram, já constataram.
E quantos continuam tentando entender se é mesmo assim:
a gente não tem felicidade, apenas momentos felizes.
Eu também acho.