quinta-feira, 30 de outubro de 2008


las viudas de los jueves

"Como si fuera posible, a certa edad,
arrancar las hojas de un diario
y empezar a escribir uno nuevo."

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

THANK YOU FOR THE MUSIC













aMelhorAtrizdoMundo

To be in Meryl's presence is to be on the receiving end of how far she goes in her exploration of the human experience. By putting life before art, Meryl Streep has made the choice of a trailblazing pioneer, and in the process she became my generation's genius. Thank you for giving me the opportunity to recognize the inevitable: giving love is the true measure of a great artist. - diane keaton


I highly recommend having Meryl Streep play you. If your husband is cheating on you with a carhop, get Meryl to play you. You will feel much better. If you get rear-ended in a parking lot, have Meryl play you. If the dingo eats your baby, call Meryl. She plays all of us better than we play ourselves, although it's a little depressing knowing that if you went to audition to play yourself, you will lose out to her. Some days, when I'm having a hard day, I'd call up Meryl and she'll come and she'll step in for me. She's so good, people don't really notice. I call her at the end of the day and find out how I did, and inevitably it's one of the best days I've ever had. - nora ephron


I don't wanna talk
'cause it makes me feel sad
but I understand
You've come to shake my hand
I apologize
If it makes you feel bad
Seeing me so tense
No self-confidence
But you see

The winner takes it all
The loser has to fall
Its simple and its plain
Why should I complain


But tell me does she kiss
Like I used to kiss you?
Does it feel the same
When she calls your name?
Somewhere deep inside
You must know I miss you
But what can I say
Rules must be obeyed
.

Mamma mia!
here I go again... my, my, how can I resist you? Slipping through my fingers I try to capture every minute Chiquitita you and I know Money Money Money must be funny S.O.S. the love you gave me, nothing else can save me Dancing Queen having the time of your life

bridges
hours
youdontknowme
meryl special
meryl talks


sábado, 25 de outubro de 2008

fala

quando eu não tenho nada pra dizer, escuto.
sigam-me os bons.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

better days

sua voz ao telefone me toca como dias melhores


dos achados musicais intermitentes

Uma vez eu tive uma ilusão E não soube o que fazer Não soube o que fazer Com ela Não soube o que fazer E ela se foi Porque eu a deixei Por que eu a deixei? Não sei Eu só sei que ela se foi. Mi corazón desde entonces La llora diario No portão Por ella no supe que hacer Y se me fue Porque la deje Por que la deje? No sé Solo sé que se me fue. Sei que tudo o que eu queria Deixei tudo o que eu queria Porque não me deixei tentar Vivê-la feliz. É a ilusão de que volte O que me faça feliz Faça viver Por ella no supe que hacer Y se me fue Porque la deje Por que la deje? No sé Solo sé que se me fue. Sei que tudo o que eu queria Deixei tudo o que eu queria Porque não me deixei tentar Viver-la feliz Sei que tudo o que eu queria Deixei tudo o que eu queria Porque no me dejo Tratar de ser la feliz Porque la deje Por que la deje? No sé Solo sé que se me fue. / ilusion, julieta venegas e marisa monte
...

Ya sé lo que te diga no va hacer suficiente Y lo que tú me entregas dejará pendientes Quien nos dice qué la vida nos dará el tiempo necesario Toma de mi lo que deseas como si solo quedara... El presente es lo único que tengo El presente es lo único que hay Es contigo mi vida Con quien puedo sentir que merece la pena vivir Con el mundo como va se nos acaba todo La tempestad y la calma son la misma a cosa Quien nos dice qué la vida Nos dará el tiempo necesario Toma de mi lo que deseas si solo quedara... El presente. / el presente, julieta venegas
...


Antes era así, hora es otra Comedia empieza ya terminó Antes era con alguien, ahora quizás Antes tenia tanto y para todos Antes tenía, ahora deseo Antes había, ahora espero Siempre a punto de tocar El momento que termina A punto de extrañarlo... Antes tenía, ahora deseo Antes había, ahora espero Antes tiempo de más Hoy no puedo terminar Ya no puedo terminar / antes, julieta venegas
...


Acredita em anjo Pois é, sou o seu Soube que anda triste Que sente falta de alguém Que não quer amar ninguém Por isso estou aqui Vim cuidar de você Te proteger, te fazer sorrir Te entender, te ouvir E quando estiver cansada Cantar pra você dormir Te colocar sobre as minhas asas Te apresentar as estrelas do meu céu Passar em Saturno e roubar o seu mais lindo anel Vou secar qualquer lágrima Que ousar cair Vou desviar todo mal do seu pensamento Vou estar contigo a todo momento Sem que você me veja Vou fazer tudo que você deseja Mas, de repente você me beija O coração dispara E a consciência sente dor E eu descubro que além de anjo Eu posso ser seu amor. / anjo, saulo e daniela
...

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

libanesa e intermitente desde cedo

- tchía, quando eu fôr morá no brasil, fô durmí na sua cassa todu dchia.
e quando cê morrê, eu nun fô comprá uma cassa, fô morá na sua, táá?!
.
das intermitências da memória da minha sobrinha

daí eu chego aqui e essa menina fica perguntando sobre pessoas,
pedindo pra mandar beijos e telefonar para quem já se foi,
cantando arararira o dia inteiro na minha cabeça,
e querendo saber se eu vou ter filho
(porque ela não quer me dividir).

eu mereço?

terça-feira, 21 de outubro de 2008

das intermitências do amor

Amor, meu grande amor Não chegue na hora marcada Assim como as canções Como as paixões E as palavras... Me veja nos seus olhos Na minha cara lavada Me venha sem saber Se sou fogo Ou se sou água...

Amor, meu grande amor Me chegue assim Bem de repente Sem nome ou sobrenome Sem sentir O que não sente...

Amor, meu grande amor Só dure o tempo que mereça E quando me quiser Que seja de qualquer maneira... Enquanto me tiver Que eu seja O último e o primeiro E quando eu te encontrar Meu grande amor Me reconheça...

amor meu grande amor, angela roro
das intermitências da morte

teu nome no remetente me arranca a idéia de morte.
tuas palavras infantis riscam de cor e alegria os cortes.
tuas mãos nos meus pulsos frágeis me socorrem a renúncia.
teus olhos sempre certos me abrem o sol, o sal, o salto.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

fotofog

por que você está nítida e eu desfocada?


domingo, 19 de outubro de 2008

enquanto vôo

será que eu te inventei?
foi nisso que pensei o dia inteiro
queria te escrever um galanteio, o poema perfeito
seria você o sujeito com milhares de adjetivos

será que eu te criei pra sobreviver?
se você responder sorrindo, acho que morro de amor
só queria te encher, assim, do que for alegria
e a vida seria, enfim, preenchida de felicidade

será que é tudo fantasia?
porque eu não via a hora de você chegar...
queria te contar, antes de morrer de medo
mas se não fosse segredo, será que você viria?

quase compreendo que não é mesmo o seu tempo
te conheci do avesso, mil dias antes da hora?
talvez um milhão de existências... de novo não é agora?
mas se um dia, o dia vier, você me promete que vem?

hein?

sábado, 18 de outubro de 2008

das dores inevitáveis dentro da espera

sim, me dói um pouco. as vezes me dói bastante. como quando eu estou lá na platéia e vejo seu lugar ao meu lado mas você ainda não está. ou como quando eu sei que as pessoas todas vão te abraçar muito e te receber com palavras lindas. ou como quando eu preciso da sua opinião para tudo e quero conversar com você sobre o que acabamos de ver. sim, me dói. e me dói também quando eu morro de vontade de entrar no carro e pegar a sua mão enquanto decidimos para onde ir. ai, e como me dói quando eu me pego pensando na gente chegando em casa, entre beijos e sorrisos, e na noite inteira de amores, e na manhã com sol - dentro e fora. me dói também todo dia quando vai entardecendo e eu tento descobrir que filme você gostaria de alugar pra gente assistir no quarto, agarradas em baixo do cobertor. e, no calor, me dói pensar em bicicletas, sucos, parques, sorvetes e piscinas. e me dói ter que esperar as viagens, os lugares nunca visitados, as nossas férias, as nossas fotos. me dói diariamente pensar nos jantares, nos cinemas, nas risadas, nos papos das madrugadas, nas noites todas juntas antes de dormir. me dói, também, eu confesso, quando vejo possibilidades e já não me interesso porque você existe e eu já sei quem você é. e me dói quando me pisam no pé.

tento me distrair na alegria. mas a verdade é que me dói.

...

pra você não quero dor
você é a luz do caminho
é o ninho onde eu vou morar
você é o presente, o colo e o destino
você é a sorte de um amor tranqüilo
Deus,
me ajuda. o que é que eu faço com isso? você não poderia guardar pra mim e então quando for a hora me devolver? me ajuda, vai. de onde é que vem essa certeza de que acabou a procura? por que é que eu já escrevi isso e deixei esperando? não é um pouco assustador, embora lindo? por que é assim tão claro pra mim? é você que está falando na minha cabeça? sim, eu escuto, mas às vezes me parece perfeito demais pra ser verdade. ou divino demais pra eu merecer. eu mereço toda essa felicidade que seria, ou que virá? tá bom, desculpe, não vou repetir o erro da pouca fé. mas, veja, é tanta beleza que eu queria ser ainda melhor pra receber. é uma beleza que eu não via fazia tanto, mas tanto tempo. gostaria de achar as palavras pra te explicar, ainda que você saiba tudo. sim, eu gostaria de ter as palavras e encher a cidade de poemas, de frases de amor, e das histórias que vieram antes, e que nos prepararam. porque, sim, isso eu sinto também. que a gente sempre se pertenceu, mas estava se preparando. ainda está, de alguma forma. mas, Deus, enquanto isso eu faço o quê? será, por favor, que você poderia guardar pra mim? pode ser que demore meses, talvez anos... pode ser? me ajuda, vai.

ou então me explica logo que eu tô louca e arranca isso de mim.

PS: mas me fala a verdade: se um dia ela quiser, acabou mesmo a procura, não é?!

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

cuide bem do seu amor
seja quem for
perdoai as minhas ofensas e a minha fé, pequena.

"Pois em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte:
Passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível"

(Mt 17.20)

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

bati a cabeça na quina da mesa mas não doeu

a gente vende refrigerante como se fosse a coisa mais importante do mundo. a gente se protege da chuva num dia de verão como se a água queimasse ou fizesse algum mal irreparável à saúde. a gente reclama da demora no restaurante como se dez minutos fossem fazer uma diferença fatal na nossa vida. a gente não dá passagem no trânsito como se um ou dois carros na nossa frente aumentassem o congestionamento monstro. a gente põe o celular e o notebook pra carregar toda noite como se ficar sem bateria fosse a morte. a gente paga o flanelinha pra ele não quebrar nosso carro como se ele tivesse razão. a gente põe cercas e alarmes na casa para o ladrão não entrar como se adiantasse. a gente vota como se fosse mudar alguma coisa. a gente aceita o mais ou menos como se não tivesse outra opção. a gente se esforça demais para que alguém nos ame como se não houvesse no mundo mais ninguém pra nos amar. a gente se contenta com pouco como se não pudesse ter mais. a gente insiste em acreditar em coisas que não existem como se essas coisas passassem a existir de tanto a gente insistir. a gente se surpreende com milagres como se não tivesse fé.
vem

vai, vem com esse punhal e enfia bem no meu peito. bem feito. eu sei que mereci. você nem sabe o que fez. não quer me ferir, eu sei. você nem sabe de nada, minha adorada. fui eu que escolhi. não, não é bem assim. não dependia de mim. você surgiu na minha frente, eu nem podia fugir. eu te vi, não tinha saída. te vi. não era pra você dizer nada, mas você falou tanto, eu tive que ouvir. e como é bonito te ouvir. você é calma e inteira. minha alma te reconheceu no sorriso. você sorriu olhos lindos, e agora não vejo mais nada. além de você. não sei pra onde correr. tento não pensar, mas quando vejo estou lá, na porta da sua casa. nem sei como cheguei. não sei. mas, de repente... eu sempre te amei. enfim eu te achei. ou foi você que me encontrou? depois de eu te escrever muito. aqui estou, então, esperando a chuva passar. ou o sol, se você precisar. talvez você passe e nem me veja. então vai, vem com esse punhal, assim, bem no meio do meu peito. mas faz direito que é pra eu não chorar.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

DIA DO PROFESSOR

mesmo se alguém me ensinasse, eu não ia aprender.
nasci assim, amando até morrer.

acho que a maçã estava encantada.
mas dei o presente pra pessoa errada.
não tenho vontade de dormir porque você existe

não tenho vontade de dormir porque você existe. e quando durmo te perco. quando durmo esqueço. meu sonho não obedece. adormeço e você desaparece. é assim por enquanto. então me levanto e não durmo. assumo que vivo em conflito. não acho bonito. embora o amor seja lindo. sim, é lindo. é lindo isso que eu sinto. mas preciso ficar quieta, apesar da porta aberta. tento ficar protegida, embora já esteja perdida. tento me enganar. porque esperar é honesto. quase não me manifesto. mas detesto sentir esse medo. de guardar tudo tão em segredo que o futuro nunca amanheça. afinal se eu não durmo... talvez aconteça. se eu não digo, talvez fique antigo sem jamais a gente saber. sonho calada, com bruxas e fadas. sonho e acredito, mas o que é que está escrito? será que não podem mudar? e se alguém estragar o destino? se nunca existir um vinho, uma dança, um lugar? e se você não ligar? e se você não quiser? e se eu já estiver louca? e se essa vida for pouca pra caber você e eu? acho que serei triste. não tenho vontade de dormir porque você existe. meu sonho é acordado: eu só quero dormir ao seu lado.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

o problema

como é que eu vou fazer pra você saber que é você? porque eu já sei. soube assim que te vi. sabe quando a gente ri à toa e simplesmente sabe? é você que vai trazer de volta as vontades e os castelos. é você que vai fazer os dias belos e ensolarados. é você que vai dar razão pra chuva e pro novo apartamento. vai ser você a companhia na frente da TV, no restaurante, em cada instante, todas as manhãs. só não seremos irmãs porque eu vou te beijar tanto, mas tanto, que você nunca vai ter tempo de chorar. eu vou te abraçar noites inteiras e te acordar devagar. é pra você que eu vou sorrir no café e é de você que vou sentir saudade. e vou me encher de vaidade com você ao meu lado. vamos andar de mãos dadas e seremos tão felizes! é você que os meus amigos vão amar e sou eu que vou adorar os seus. e minha cara vai doer de sorrir cada vez que eu te olhar pra dizer eu te amo. e ninguém vai mais sofrer. mas como é que eu vou fazer você saber?
(in)sucesso

e aí ela me aparece, no começo da madrugada, e a noite gelada vira rio. ela conta histórias e viagens, é cheia de esperança e ideais. eu, dos meus, nem me lembro mais. mentira, confesso. sou romanticamente o inverso. ela fala de amores curtos e de medo da solidão. eu sorrio na contramão, revivo paixões e planos eternos. falamos dos enganos, dos infernos e das possibilidades. combinamos leões, aquários, capricórnios e metades. politicamente hostis, discutimos o país. ela acredita, eu me penitencio. ainda bem que o desafio é no chão. não tenho altura pra competir. há fé em nós, mas o jogo de iludir é perigoso. pode ser areia movediça, pode dar preguiça, pode enlouquecer a vida. ela diz que não foi boa a partida. eu digo que partir faz parte do campeonato. nosso dom de conversar é nato. nascemos no mesmo dia e isto sim é fantasia. é histérico, eu diria. histeria. a miopia ela operou. eu nem poderia. meu problema é no cérebro, eu sei. só com os olhos veria bem. sério. é difícil compreender. e é um ofício aprender sempre. aprendo já coisas com ela e penso no que posso ensinar. somos amigas de infância, mas só hoje começamos a brincar. cansaremos amanhã? alguém vai se ferir? não sei. vou dormir.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

suddenly I see

yes, I had a dream last night. she was there. it was now and she was here. not past or future. present. my present back. back from there - so far - to nowadays. and I was happy. absolutely happy. she was so real I could believe it yet even when I woke up. she was so real I almost called her to say I know. but I don't even know what I'm writing. I don't even know what number I ought to try. It was just a dream. the unexamined life. bringing back the unpredictable days. but I'm limited. look at me. I'm limited. wishing only wounds the heart.

domingo, 12 de outubro de 2008

DIA DA CRIANÇA

sempre que acaba o fim de semana ela tenta entender a vida. mas sempre as mesmas pessoas dizem as mesmas coisas, e as mesmas esperas são as que vêm na manhã seguinte. então parece que não há nada mais a ser entendido. mas há. se a noite é fria, ela olha pro fogo e pensa nas coisas que acabam. ou queimam. se a noite é quente, ela abre a janela. na tv, desgraça. no telefone, silêncio. no avião, saudade. na estante, livros não lidos continuam sem saber para que servem.

só é diferente quando tem último capítulo de novela.
aí ela começa a pensar nisso antes mesmo do fim de semana acabar.
no sábado à noite, em casa. e normalmente faz frio.

only thing to do is jump over the moon

last night I had a dream

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

se faz sentido pra você

se faz sentido pra você, é bom. existe razão além da vaidade. é de verdade. se faz sentido pra você, vale a pena. há cena além da cortina. há esperança além da dúvida. não é só brincadeira de criança. mas se faz sentido pra você, mesmo se eu só brincar vai fazer. e eu brinco. de pegar, de esconder, de caçar o tesouro que nem sei se existe. mas se faz sentido pra você, deve existir. mesmo se eu mentir pra mim, mesmo assim, se faz sentido pra você, pode ser. as minhas bobagens, as minhas viagens, as minhas paixões secretas, as palavras certas. as descobertas. se faz sentido pra você, é bom descobrir. mas qual o sentido de sentir? se você me disser, eu acredito. porque se pra você faz sentido, eu sei que o futuro é bonito.
WHAT DO YOU STAND FOR?

When you ask me, who I am What is my vision? And do I have a plan?
Where is my strength? Have I nothing to say?
I hear the words in my head, but I push them away.


'Cause I stand for the power to change, I live for the perfect day.
I love till it hurts like crazy, I hope for a hero to save me.
I stand for the strange and lonely, I believe there's a better place.
I don't know if the sky is heaven, But I pray anyway.


And I don't know What tomorrow brings The road less traveled Will it set us free?
Cause we are taking it slow, These tiny legacies.
I don't try and change the world; But what will you make of me?


With the slightest of breezes We fall just like leaves As the rain washes us from the ground
We forget who we are We can't see in the dark And we quickly get lost in the crowd


I stand for the power to change, I live for the perfect day.
love till it hurts like crazy, I hope for a hero to save me.
I stand for the strange and lonely, I believe there's a better place.
I don't know if the sky is heaven,


But I pray anyway.


I Stand, Idina Menzel

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

quando você sorri

quando você sorri o mundo pára. e o meu coração comemora. nada ao redor existe. é a minha hora. te olho sem pressa e você me acolhe. tudo fica verde, então, porque é você que escolhe. quando você sorri eu juro que é sonho, e páro no meio de tudo. tudo ao seu redor. o melhor é que quando você sorri eu já sei. lembro da alegria que me dá. e que vai sem eu dizer. eu me lembro das coisas que ninguém precisa saber. e posso te ouvir por dias, e noites, e madrugadas, e manhãs. eu te invento. e adoro tudo que você representa. quando você sorri, eu represento. eu te vejo e congelo o tempo. o passado, o presente e o futuro. porque o seu sorriso eu tenho pra sempre. eu te olho e posso morrer ali, bem na frente do seu sorriso. ausente de tudo ao redor. juro, a vida é ali, quando você sorri.
TODAY

There's Only Us There's Only This Forget, Regret, Or Life Is Yours To Miss.
No Other Path
No Other Way No Day But Today.
There's Only Yes Only Tonight We Must Let Go To Know What is Alright.
No Other Course No Other Way No Day But Today.
I Cant control My destiny I Trust My Soul My only goal Is just to be.
There's only Yes There's only This Forget Regret Or Life Is Yours To Miss.
No other Path No other Way No day but today.
There's only now There's only here Give in To Love Or live in Fear.
No Other Road No Other Way No Day But Today.


Idina Menzel
No day but today, Rent

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

enquanto você pensava que eu não ligava pra nada

ela entra no banheiro e fecha a porta. eu aceito calada, como quem não liga. pra nada. escuto a água estalar o chão. gelada. não a água, eu. e imagino os detalhes sórdidos do banho quente que me exclui. ela se despe de brincos e anéis, e as roupas pelo piso frio fazem do espelho o paraíso. quente. não o paraíso, eu. mas não vejo espelho nenhum. e não preciso. escuto o corpo entre a água e o chão e o meu coração acelerado. escuto, acelerada, minha respiração pesada entre o ar do céu e o do inferno. hiberno no quarto vazio. e, de repente: silêncio.

ela desliga o chuveiro e se prepara para me torturar mais um pouco. quase sem som, e sem esforço. como quem não liga. pra nada. eu ouço e sinto. longos minutos de tampas e cheiros. e imagino o que já era lindo ao entrar, sair por aquela porta e me matar de deslumbre, entre o perfume e a visão. mas ainda não. há mais o tempo das cores, dos cílios e da boca. da boca. como louca acredito que a porta se desfez. massacrada de imaginação, espero. outra vez.

mas, pá! pela porta do quarto uma avalanche de mãe, tia e irmãs me invade o devaneio secreto. me acorda. me arrasa de concreto. derruba a água toda da casa na minha cabeça. gelada. vozes e rostos e o quarto cheio de realidade. e antes que eu me esqueça, qual é mesmo a minha idade? sorrio forçado como quem não liga pra nada. falo, falo, falo. ela sai do banheiro, desarrumada. e a graça se esvai pelo ralo.

eu, nem reparo. nem me abalo. nem ligo.
falo.
no good deed goes unpunished

que bom que eu te descobri. com esses olhos e esses cachos. esses olhos lindos de luz e esses cachos disfarçadamente lisos e louros. que bom. que bom que eu te descobri muito antes de descobrir de fato e, portanto, confirmo meu bom gosto e meu tato. que bom que você agora vive perto. mesmo longe, perto. sob o mesmo teto. mesmo distante, na mesma casa. porque agora a gente tem asa. e desafia a gravidade. a gravidade de tudo. dos perigos, das vozes. e dos amigos ferozes. a gente é feliz. e foi tudo por um triz. ainda é. mas a gente agora será sempre. presente. e, se alguma coisa acontecer, escuta o que eu vou te dizer: eu tenho um livro mágico. eu tenho um livro fantástico com toda a magia do mundo. e nunca mais te deixo. é esse o desfecho: eu nunca mais te deixo. eleka nahmen nahmen. ah tum ah tum eleka nahmen. eleka nahmen nahmen. ah tum ah tum eleka nahmen. ah tum ah tum eleka: eleka!

terça-feira, 7 de outubro de 2008

A ROTINA DO ESPELHO É O OPOSTO

(natura)

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

A FAVORITA

foi quando ela apareceu. pegou assim a minha mão, como quem pega displiscentemente uma lata de cerveja em cima do balcão. de passagem, nem olhando pra mim, me puxou sem me dar escolha. porque eu estava distraída. eu teria olhado pra ela tarde demais, depois que alguém já tivesse chegado primeiro. mas, sim, eu a escolheria também. e então ela foi andando com uma urgência deliciosa, me levando. me arrastou entre as pessoas e, no meio da multidão, parou, sem nunca me soltar as mãos. olhou bem pra mim, cruzou os dedos nos meus, enroscou a minha cintura com os braços entrelaçados aos meus, e me beijou. muito.

já naquele momento, extasiada, eu pensei em tudo que viria depois.

abri os olhos na manhã seguinte e a vi, dormindo ao meu lado com um rosto que já era pra mim o mais bonito do mundo. como por telepatia, ela acordou no instante em que eu ensaiava um sorriso, e sorrimos juntas. sabendo que aquilo ia durar. muito.

e os dias foram assim, um atrás do outro. com sorrisos pela manhã. e risos noite adentro.
(e muitos risos noite adentro.)

e vieram os cinemas, os teatros, os jantares, os amigos, as festas. os vinhos, as comidas, os chocolates. os presentes, as músicas, os cheiros. as descobertas, os riscos, as viagens. as bebedeiras, as bobagens. os oscars, as novelas, as novas temporadas. as estréias. as mudanças, as compras, as idéias, as roupas, os espelhos do banheiro. as alegrias, as tristezas, os abraços sem fim. as saudades, as vaidades, as compreensões, as cumplicidades. as portas, os quartos, as janelas, as bicicletas. as implicâncias, as alianças. as fraquezas, as certezas, a felicidade.

e a cidade inteira ficou feliz. muito.
tante lettere

E quante notti perse a piangere
Rileggendo quelle lettere
Che non riesci più a buttare via
Dal labirinto della nostalgia
Grandi amori che finiscono
Ma perché restano nel cuore

Strani amori fragili
Prigionieri, liberi
Strani amori che non sanno vivere
E si perdono dentro noi

strani amori, laura pausini

domingo, 5 de outubro de 2008

de domingos que se repetem

sábado, 4 de outubro de 2008

um outro que não ela que não eu

é um corpo cheio de vida que sorri e abraça, mas há uma solidão insuportável voltando a tomar conta de tudo. se vê. é aquele vento, aquele monstro. aquele frio do chão do banheiro escuro. aqueles dias iguais sem sol, sem mar. é um corpo embalado de história e com sonhos que vão ficando pelo caminho. com sonhos realizados. e com as ilusões, perdidas ou novas, cansadas. é um pedaço, um pouco que não basta. a ninguém. nem a si. não se basta. são vontades perdidas no ponto só. sem nó. sem dó. o dia vazio, a noite vazia. o vão. em vão. é um corpo cheio de vida que sorri e abraça, mas carrega um espaço que pesa como a multidão de mãos dadas. os pares, os lares, os filhos. pesa tudo aquilo que falta. é um corpo forte mas que já não aguenta a parada. se vê. em vão. é todo dia um não. não tem. não vem. não pode. não há. é um corpo no fundo do poço. que luta. que sorri, abraça, fala, e cansa.
inse(s)to

quatro e meia
me rodeia
me invade o sonho
me rouba o sono
me arranca a roupa
me deixa louca

quatro e trinta e três
se chega outra vez
sussurra um zunzunido
ao pé do meu ouvido
me lambe a orelha
me incendeia

quatro e quarenta e quatro
passeia pelo meu quarto
me persegue
quer que eu me entregue
à força bruta
me morde, me chupa

quatro e cinqüenta
me violenta
suga o meu sangue
até que eu me zangue
ferida, de fato,
o mato.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

de riscos

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

descobertas

chegou a sua hora.
a primavera é fria para que ela chegue com flores e te abrace.
às vezes demora.
a certeza, a tranqüilidade, o enlace.
e o laço é forte.
é um recorte
na vida.
mas não é uma ruína.
é só virar a esquina e está lá a multidão.
não, eu não disse que é fácil.
eu não digo isso.
mas também não é um castigo.
não.
é uma porta, uma janela, um caminho.
claro que se trata de carinho.
o amor é feito disso.
o amor é feito.
é a grande construção da existência.
é uma exigência da felicidade.
e se é aquela a outra metade,
é assim. ponto.
fim.
começo.
encontro.
tudo do avesso.
e a gente, de repente, feliz como nunca imaginou.
eu estaria lá até hoje.
lá quando ela me sonhou.
na primeira primavera.
no primeiro abraço.
nas primeiras flores.
nos dias urgentes.
na primeira noite fria com as mãos mais amadas afagando minhas costas incertas,
descobertas
e quentes.
quentes.