sábado, 18 de outubro de 2008

das dores inevitáveis dentro da espera

sim, me dói um pouco. as vezes me dói bastante. como quando eu estou lá na platéia e vejo seu lugar ao meu lado mas você ainda não está. ou como quando eu sei que as pessoas todas vão te abraçar muito e te receber com palavras lindas. ou como quando eu preciso da sua opinião para tudo e quero conversar com você sobre o que acabamos de ver. sim, me dói. e me dói também quando eu morro de vontade de entrar no carro e pegar a sua mão enquanto decidimos para onde ir. ai, e como me dói quando eu me pego pensando na gente chegando em casa, entre beijos e sorrisos, e na noite inteira de amores, e na manhã com sol - dentro e fora. me dói também todo dia quando vai entardecendo e eu tento descobrir que filme você gostaria de alugar pra gente assistir no quarto, agarradas em baixo do cobertor. e, no calor, me dói pensar em bicicletas, sucos, parques, sorvetes e piscinas. e me dói ter que esperar as viagens, os lugares nunca visitados, as nossas férias, as nossas fotos. me dói diariamente pensar nos jantares, nos cinemas, nas risadas, nos papos das madrugadas, nas noites todas juntas antes de dormir. me dói, também, eu confesso, quando vejo possibilidades e já não me interesso porque você existe e eu já sei quem você é. e me dói quando me pisam no pé.

tento me distrair na alegria. mas a verdade é que me dói.

...

pra você não quero dor
você é a luz do caminho
é o ninho onde eu vou morar
você é o presente, o colo e o destino
você é a sorte de um amor tranqüilo

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