sábado, 18 de outubro de 2008

Deus,
me ajuda. o que é que eu faço com isso? você não poderia guardar pra mim e então quando for a hora me devolver? me ajuda, vai. de onde é que vem essa certeza de que acabou a procura? por que é que eu já escrevi isso e deixei esperando? não é um pouco assustador, embora lindo? por que é assim tão claro pra mim? é você que está falando na minha cabeça? sim, eu escuto, mas às vezes me parece perfeito demais pra ser verdade. ou divino demais pra eu merecer. eu mereço toda essa felicidade que seria, ou que virá? tá bom, desculpe, não vou repetir o erro da pouca fé. mas, veja, é tanta beleza que eu queria ser ainda melhor pra receber. é uma beleza que eu não via fazia tanto, mas tanto tempo. gostaria de achar as palavras pra te explicar, ainda que você saiba tudo. sim, eu gostaria de ter as palavras e encher a cidade de poemas, de frases de amor, e das histórias que vieram antes, e que nos prepararam. porque, sim, isso eu sinto também. que a gente sempre se pertenceu, mas estava se preparando. ainda está, de alguma forma. mas, Deus, enquanto isso eu faço o quê? será, por favor, que você poderia guardar pra mim? pode ser que demore meses, talvez anos... pode ser? me ajuda, vai.

ou então me explica logo que eu tô louca e arranca isso de mim.

PS: mas me fala a verdade: se um dia ela quiser, acabou mesmo a procura, não é?!

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