sexta-feira, 13 de dezembro de 2002

Minha tia, amada, idolatrada, melhor pessoa do mundo, Didi,



e cá estamos há um ano sem você.

13 de dezembro de 2001, o dia que eu temia tanto chegou naquela madrugada.

Eu ainda sinto sua falta desde que acordo até quando acordo no outro dia...

Mas eu também ainda sinto a sua presença constantemente aqui e sei que você sabe disso e me dá sinais. Você sabe também que eu não acreditava muito no tal do sobrenatural, mas depois que você morreu, coisas tão incríveis aconteceram... Você sabe. Hoje foi um arrepio!!! Você viu, não viu?! Eu sei que você estava lá com a gente naquele carro... Porque nunca, tia, nunca antes a Giovanna tinha mencionado seu nome daquele jeito, espontaneamente, no meio de uma conversa nada a ver. Pois assim, como se ela tivesse sido tocada por você ou sabe-Deus-por-quê, ela me solta esta: eu vou rezar pra vovó Dila.(!!) E, eu, quase num pulo: O quê???, ...Eu vou rezar pra vovó Dila, ela repetiu. Por que você tá dizendo isso agora, Nana? - Porque eu vou, ué... E então o Luca: eu tô com saudade dela, da vó Dila... Bom, eu, a essa altura, já queria parar o carro e trancar todas as portas pra não te deixar sair nunca mais de perto da gente. Eu sei que você estava lá. E então ficamos falando de você e o Luca quis saber por que você tinha morrido, e a gente explicou que os seus "soldadinhos" não conseguiram vencer os "maus". E eu disse pra ele que você era a pessoa mais legal do mundo e que bom que eles tinham te conhecido, ainda que pouco... Contei que você sempre me fazia parar no caminho pra comprar as batatinhas pra eles e que você me contava as histórias mais engraçadas que eu já tinha ouvido, da sua vida, da nossa família... Eles querem saber, um dia eu conto. E sabe, Didi, todo esse papo só fez aumentar a minha saudade e, ao mesmo tempo, a alegria que eu sinto por você fazer parte da MINHA família. Por EU ser a menina de sorte que viveu tão perto de você durante 27 anos. Porque não existe nenhuma outra pessoa como você no mundo. Não existe. Nem no mundo nem fora do mundo.

Às vezes eu me pego um pouco confusa, achando que qualquer hora vou te ver ali ou aqui... ou que você vai telefonar... parece um sonho nublado que eu às vezes tento encaixar na realidade... Ou então é porque vou mesmo te ver de novo, te ouvir. Eu não sei. Ninguém sabe. Mas que você está aqui, está. Invisível, mas está. Pode deixar que eu sempre reconheço seus sinais - que me guiam, me acolhem, me confortam, me coçam as costas.

Tudo o que eu faço de bom é dedicado a você - como sempre foi, minha vida inteira.

da sua sobrinha que mais te ama nesse mundo,

e que bom que eu pude te dizer isso tantas vezes...

JJ.

PS: Mas sinto muita saudade de te abraçar. Muita.

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