domingo, 1 de setembro de 2002

Nada

Nada que valha a pena contar.

Nada que valha a pena.

Eu não quero mais isso.

Nada disso.

Nada.

Preciso dar um rumo a essa vida.

Preciso largar tudo isso que não me serve.

Parar com essa idiotice de achar que diminui o vazio.

N!ao.

Aumenta.

Preciso muito que alguma coisa aconteça.

Ou uma tragédia ou um milagre.

Mais que tristeza ou mais que alegria.

Essa coisa nada e ainda embrulhada em sofrimento não dá mais.

Preciso de alguém aqui inteiro.

Senão é nada.

Preciso de alguém que faça questão.

Alguém que realmente se importe.

A partir de amanhã vai ser diferente.

E não serei mais eu a ir, e pedir, e fazer, e tentar e implorar sempre.

Enquanto tiver de ser eu, náo será.

Até que a vida se canse, ou até que alguma coisa aconteça.

Vontade de dormir uma semana.

E não faria falta nem pra mim.

Não quero mais.

E dessa vez eu vou cumprir.

Porque há em mim um diferente. Como daquela vez.

A gente sempre sabe quando há algo de novo no vento.

No vento que traz pra cá... nada.



Tenho muito sono.





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