terça-feira, 10 de setembro de 2002

Encontro de Jovens

Minha amiga Ana me escreveu hoje perguntando se eu tinha estudado no Santo Américo,

e se conhecia o Encontro de Jovens de lá.

Que ótima oportunidade de falar sobre uma das coisas mais importantes por que já passei na vida.

Estudei no Santo Américo, sim. Amo aquele colégio. Fui tão feliz nos 11 anos lá que nem tenho o que dizer.

Até hoje sou amiga de professores da sexta, da oitava, de todas as séries. Mas amiga MESMO.

De sair pra almoçar, de falar ao telefone, de tê-los na platéia das minhas peças.

Minhas grandes amigas são quase todas as mesmas que estudaram comigo desde pequenas.

E uma das mais queridas, a Ciça, eu conheci no Encontro.

Fiz Encontro em... meu Deus!... 1988. O sexto Encontro. (E já tá no mais de 50, imagina...)

Eu estava na oitava série... E morria de ansiedade pra fazer o Encontro.

Meus três irmãos, bem mais velhos, já tinham feito havia anos, e trabalhado também...

Eu vivi décadas na escola esperando chegar a minha vez! Quando chegou... eu era a menina de Felicidade Clandestina!

Foi muito legal fazer, muito mesmo. Mas nada se compara a trabalhar nos Encontros seguintes.

Porque quando você faz, - e eu ainda por cima tinha 14 anos -, é tudo novo e você perde muita coisa.

Mas depois, quando trabalha, e começa a viver mais aquilo, daí é que vai vendo tudo de legal que tem por lá.

Além de estreitar demais a minha relação com Deus, o que me fez um bem indescritível,

o Encontro me abriu mil portas, me deu mil razões,

me levou pra perto daquilo que eu mais queria fazer: trabalho comunitário.

Trabalhei lá durante uns dez anos... E só tenho boas lembranças.

Até as amizades que eu já tinha foram super fortalecidas no Encontro.

Levei as pessoas que eu mais amei pra fazerem e sempre foi muito especial.

Enfim, é uma experiência que eu desejo que todas as pessoas tenham...

Vale muito a pena. No mínimo você sai de lá com a lembrança de um final de semana meio mágico,

rodeado de gente que, pelo menos lá, é e está feliz. E isso contagia, dá uma paz única.

Se depois a vida volta ao normal, pra bagunça de sempre, pros conflitos diários,

tudo bem... milagres não acontecem todos os dias... Mas garanto que naquelas 48 horas,

sim, você vive pequenos milagres. E, quem sabe, algum deles pode mudar a sua vida.

Eu sei que mudou a minha. Muda até hoje. Porque Deus está nos detalhes.

E muitos detalhes eu só vejo graças a esses anos de Encontro e a tudo o que isso me trouxe de bom.

E só de ter a tia Vicky na minha vida, minha amada, idolatrada, inigualável tia Vicky (mãe da Ciça),

e de tê-la visto e ouvido tantas vezes dando aquela palestra de pais e filhos com a Tóia,

só por isso, já teria valido o Encontro. Mas tem muito mais...

Além da Mônica... que eu idolatrava também, que dava um testemunho que me comovia...

Nem sei onde ela anda. Mas tenho certeza de que está bem. E eu a guardo aqui comigo.

E guardo cada palavra... Cada gesto... Cada amigo. Guardo muita, muita coisa boa.

Que saudade do Encontro.

Que vontade de me Encontrar...

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