quinta-feira, 4 de julho de 2019

4 de julho - É poema meu, é poema nosso

Hoje acordei no pico da montanha do amor.
Só hoje?

Que saudade.

Eu tenho morado na montanha do amor. Subo e desço, desço e subo, às vezes fico sem ar na subida, às vezes desabo ladeira abaixo, às vezes, lá do alto, vejo o nascer e o por do sol... e é tão lindo! Mas, quando junta o pico do amor com essa saudade, ah, aí eu me jogo no proscênio. Eu me jogo no assoalho, me agarro no carrossel e fico no pico da montanha do amor desfalecida no piso e girando, girando, girando, arrastada pelo giro manso do tempo que passa lento, lento, lento.

É tanta a saudade,
que até ela chora,
a cidade.

Lá fora, hoje,
o dia inteiro,
só choveu.

Não me amola, isso é poema seu.
Se eu amo tanto, é poema meu?

Hoje você teve um sono longo e gostoso, teve café da manhã obrigatório, teve o pequeno fazendo sucesso com o casal de barbies e teve você feliz... no parque, no carrossel, no J de Jardim, no L de Linda, no sol, na água, no tchauzinho para o motorista português, na Tour Eiffel, nas placas de rua de Paris, no entra-e-sai do hotel, nas flores, na alegria desses prazeres que a vida nos dá e que a gente sabe apreciar. Do lado de cá, teve tudo isso também, através de você - mais essa saudade e a certeza de tododia: este é o pico da montanha do amor e viver ali é o que faz a vida valer. Merci, aujourd'hui et tous les jours.

Afinidades.
É poema nosso, vai...
Bonne nuit, ma chérie.


PS: I've got a flash 🔦tonight 😏.

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