quarta-feira, 16 de outubro de 2002

Vai Idades

É difícil falar disso...

Confesso que já tinha passado pela minha cabeça e até pelo resto de mim a sensação de estar me apaixonando por alguém com bem mais tempo de vida do que eu. Que maneira delicada de dizer "mais velho". Bom, mas é isso... e eu falo em 15, 20 anos a mais... Já havia passado por mim, mas só passado. E de repente eis que aí está de novo essa sensação. Com vários agravantes dessa vez porque, afinal, além de não termos tempo para amadurecer a idéia, é muito absurdo assim, em teoria. Mas eu quero ir além da questão da idade. Penso muito nisso. E ironicamente, acabo de sair da situação inversa, que muito me incomodava - e que cortei também por causa desse abismo de dez anos entre nós. Mas o negócio não é realmente a idade. O que pega aí é a diferença de interesses, de momentos de vida. A distância não é entre os anos de nascimento das duas pessoas, mas entre aquilo que uma já viveu e não quer mais, e o que a outra ainda está descobrindo e não sabe se quer ou não... A distância está no tipo de música que se quer escutar, no tipo de lugar onde se quer ir... Está até no tipo de amor que cada um sabe dar e receber. Se tudo isso for muito diferente - o que em muitos casos por causa da diferença de idade acaba sendo - então é impossível construir a ponte. Por mais que se queira. Não sei quanto eu quero. Nem sei se quero mesmo. Talvez seja esse carinho de família, talvez seja uma admiração... Mas independentemente de saber o que é, se fosse amor, eu encarava essa? Juro que não sei. Acho que no começo sim. Acho que me deixaria envolver e ter essa experiência. Mas eu poderia estar sendo egoísta e entrar no jogo só pra ver no que ia dar. Com verdade, claro, com carinho... Mas não sei se algum dia eu acreditaria que aquilo poderia ir longe. E será que assim é justo? Não, pára tudo! Que viagem, meu Deus! Olha no espelho, menina, e vê o absurdo que está passando pela sua cabeça... E você nem sabe se há sequer uma gota de reciprocidade nisso. Vai trabalhar, vai! E pára de pensar bobagem.



Rapha's sweet family

Esses dias estou ausente porque me tornei anfitriã da família do Rapha... Tenho passado horas e mais horas com eles. Aqueles avós fofos, a mãe querida, os primos ótimos, a tia do meio, e a titia-sabe-tudo - E-xa-ta-men-te! E eu não devia ser assim com as pessoas. Porque eles vão embora e eu vou sentir tantas saudades! Mas tantas! E eu já tinha saudades demais na minha vida. Pra que arranjar mais eu realmente não sei. Mas agora já foi. E a cada dia que passa eu amo mais esse anjo da minha vida. Que agora tá casado - muito respeito nessa hora! Casado com a minha florzinha - outro anjo, mas não tão anjo assim... :) E dane-se... No fim eu ganho, "por causa da cor do trigo"...



Ai, tenho sono.

E tenho muitas minhocas aqui nessa cabeça.

Vamos ver no que vai dar.

Santo Deus! - como diria minha mestra!



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