domingo, 6 de outubro de 2002

A Menina Sem Pátria

Fui votar e nao pude. Que raiva.

So residentes podem. E nao sou. Entao nao pude.

Nem sou tao patriota assim, mas queria votar.

Sou jornalista, afinal. E dai, ne?

Ah, sei la. Queria votar. E nao pude.

Se o Lula ganhar no primeiro turno,

nao participei da eleicao, veja so!

Puxa... Que coisa! Risos.



Gracas a Deus a boca-de-urna ja deu Alckmin e Genoino.

Seria inconcebivel aquele ladrao mau carater no governo.

Como eh que pode ainda votarem no cara! Santo Deus.

E sao tantos pelo pais. Que tristeza.

Ate o ex-presidente-cara-de-pau... Palhacada.



Eu, aqui... continuo aqui.

Tenho lido muita coisa boa.

As pessoas escrevem muita coisa boa.

Cada vez mais me convenco de que a gente eh soh mais um.

Nao adianta. Tem muita gente boa pelo mundo.

Por mais que voce faca, e seja, tem muita gente que eh e faz.

Mas tudo bem. Dividir eh o que vale nessa vida.



E tenho pensado bastante em mim.

Nas antigas decisoes e no que nao pode ser mudado.

Nas maos de Deus sempre esteve, embora eu, talvez, roube um pouquinho.

Ou muito. Acho que roubo muito, sim. E nao deixo Ele cuidar direito.

Perdao. Mas sinto que nao vai ser como a gente queria.



E pra falar a verdade eu queria tanto ter aquela alegria de novo...

De novo, e nao de volta. Novo. Novo. Amor novo, em paz, com ar.

Sei que vai ser mais dificil, mas... dificil esta sendo viver assim.

Nao era, mas agora se tornou... e ja nao quero. Quero o novo!

Estou pronta, enfim. Apesar de nunca estar.

Continuo repetitiva.



Abram as portas.

Gritem nas janelas.

Soltem os cachorros.

Rasguem as roupas.

Pulem nos telhados.

Acendam as fogueiras.

Tomem os sorvetes.



Hmm, vou la.

Enganar o que tenho de amargo.

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