quinta-feira, 31 de outubro de 2002

Encontros e Desencontros II

Relutei para voltar ao assunto porque queira ou não me faz ficar lembrando e a lembrança acaba ficando impregnada em mim novamente por dias e dias... Mas não falar disso é quebrar o espelho. E dessa vez, meu Deus! que "encontro" absurdo!



Naquele mesmo dia em que minha amiga ligou dizendo que tinha encontrado você, você me liga. Você me liga. Isso mesmo. Você me ligou. Não, você nunca tinha feito isso antes. E me ligou. Quando foi? Na segunda. Segunda-feira, 28 de outubro. Incrivelmente, no dia anterior, do nada, eu tinha pensado em você e bestamente criei um toque no meu celular com o seu nome. Pois então o celular toca pela primeira vez no dia seguinte, e lá está o seu nome no visor. Que estranho, pensei, mostrar o nome do toque e não de quem está ligando! Mas era, sim, quem estava ligando. Por mais que eu não quisesse, o meu coração ainda pára por um segundo quando te escuto. E você me disse: você não vai acreditar no que aconteceu! Achei que vinha a história da noite de sexta, de pessoas que se encontraram, mas não. Você não vai acreditar! Estou procurando um lugar para alugar porque eu e meu sócio estamos abrindo nosso escritório... Bom, e achamos uma sala ótima, aqui perto, toda arrumadinha. Mas quando o zelador me deu o nome do proprietário eu não consegui acreditar. Adivinha quem é! E eu disse: meu pai. Você acredita? Tô bege, ouvi.



(...)



Tudo bem, nada de mais. Esta cidade é pequena, quase não tem sala pra alugar por aí...

Coincidência... Coincidências da vida. Imagina, que bobagem... coincidência.



(...)



E então eu tenho feito o que posso pro negócio dar certo pra você. Não por outra razão a não ser o fato de que você é tão importante pra mim. Não por nada senão por que há tanto tempo não posso fazer nada por você. Não, senão pela minha alegria de poder participar de alguns instantes do seu dia. Não por nada mesmo, na verdade. Acho que eu faria isso por qualquer um. DIzer que alguém é amigo meu nem faz tanta diferença assim. Mas é você. É você. E você faz diferença.



Coincidentemente é você.

Coincidentemente sou eu.

Só nós é que não existimos mais, nem por coincidências tão absurdas dessa vida.

E sabe que hoje, juro, eu nem sei mais se queria "nós" de novo.

E olha que nunca tinha duvidado tanto disso!

Mas é só uma dúvida. Não muda nada em lugar nenhum.

Coincidência...



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