segunda-feira, 11 de novembro de 2002

Amnésia

Tenho coisas a dizer mas às vezes esqueço.



Que dia feliz foi hoje.

Mas é metade, não adianta.



E que mundo pequeno!

Por que é que sempre tem alguém conhece alguém que você não queria ter conhecido. Por que é que tem sempre alguém pra te lembrar de pessoas cujas lembranças te fazem sofrer? Por que é que a gente nunca consegue não falar nessas pessoas quando fica sabendo que tem alguém que conhece alguém que conhece alguma dessas pessoas? Por que é que a gente puxa assunto com a pessoa sobre as outras pessoas, fala bobagem, xinga, lamenta, pede pra matar, depois fica triste, se arrepende, e acaba dando de ombros? Me fala por que é que aquela menina tinha que ter entrado naquela faculdade e jogar naquele time e conhecer aquela menina que esntrou naquela faculdade e que jogou naquele time com a gente, e que, por isso, acabou conhecendo você, que era tudo pra mim? E por que é que eu tinha de saber disso? E por que agora sempre que olho pra ela tenho que me lembrar dela e ter raiva porque não tenho mais você comigo? Por que é que Deus não vem aqui com um apagador e limpa esse quadro negro de uma vez por todas?





15 anos

O que uma menina de 15 anos pensa? O que espera? O que já fez? Em que acredita? Tento me colocar no lugar delas para entender até onde posso dizer, até onde posso explicar, até onde devo ir... Mas é tão difícil. Tudo se transformou com uma velocidade tão incrível! Não adianta eu me lembrar de como era quando EU tinha 15 anos. Não adianta porque era outro mundo. Quando eu era pequena e ouvia essa história de que as outras gerações eram tão diferentes da nossa eu não entendia isso tão bem quanto entendo hoje. Porque essa geração dos 15 é muuuito diferente da minha, aos quinze.E como é que faz entender? Porque passar de novo pelo que passei com a dona Alma, tsc tsc, não vou MESMO. Melhor ficar calada. Quinze vezes melhor.



Ainda mais depois de ter escutado a "máxima dos 15" de hoje: toda brincadeira tem um fundo de verdade.

Ok, dona Francisca. Ok.

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