quinta-feira, 23 de janeiro de 2003

Onde estou?

Estou ausente de mim.

Embora tão em mim.



Descobri que há amores que, sim, pode ser que a gente leve pra vida inteira. Digo, amores perdidos. Alguém que a gente ama pra sempre, mesmo sem estar junto. Também sei que as nossas certezas se transformam, mas, hoje, é isso o que eu sei. Que quem eu amo eu amo pra sempre. Posso amar outra pessoa, e de verdade, mas a estrada de você vai seguir aqui, paralela à minha vida real - porque às vezes parece que você foi imaginação minha. Te amo e te espero todos os dias. Não se incomode, nem brigue comigo, só saiba. Se você não voltar mais, eu entendo. E quero mesmo que você seja feliz. Eu também queria aquela felicidade assim de novo, mas se não tiver mais, a que tive com você já fez valer a vida. Que bom, né. Não brigue comigo, me entenda também. A gente não escolhe. E eu te amo, que que eu posso fazer? E Deus eu não sei... Um dia Ele vai me explicar. E se eu tiver feito tudo errado, Deus, me perdoe desde já.



Crush, Padre Amaro e Amores Parisienses

Fui ver tudo isso nos cinemas esses dias. Sozinha.

Os três filmes valem a pena. Cada um de um jeito.



Crush tem a terrível tradução do título para O Que Elas Querem. Mas não é uma comedinha boba sobre mulheres que procuram homens. É divertido, e apaixonante, e estimulante, e triste, e bem triste, e engraçado, e feliz, e um monte de coisas. Acho que tem a ver também com a fase de vida de cada um. Talvez em outro momento eu gostasse menos, ou mais, não sei. Mas o caso é que o filme me pegou, em algum ponto, e eu adorei. Chorei rios, mas saí feliz, eu acho. Digamos que é sobre... a solidão feminina. E já que eu estava sozinha mesmo...



O Crime do Padre Amaro é aquela coisa pesada. Quem conhece a história, sabe. Não é pra sair do cinema "ok". É pra sofrer um bocado. E eu sofri mesmo. Mais ainda porque sou uma pessoa bastante religiosa. Sofri muito. E já que eu estava sozinha...



Amores Parisienses é uma brincadeira interessante. Pra quem fala francês e conhece as músicas francesas é muito mais legal. Mas suponho que seja MUUUUUITO mais legal mesmo! Eu gostei porque, sei lá, tem aquela veia teatral que me agrada. É quase cafona, como Oito Mulheres. Mas é gostoso de ver. E dei muita risada. Só não gostei mais porque eu estava com um sono louco e fiz um esforço sobre-humano pra não dormir. Porque eu sabia que valia a pena. E, também, já que eu tava mesmo sozinha...



Non, rien de rien... Non, je ne regrette rien...

Fora isso, mais nada.

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