quinta-feira, 4 de junho de 2009

chamas brasas cinzas fumaça

1.
eu me sento em frente ao fogo e no silêncio dos estalos penso
penso em tanta coisa em tanta gente misturada e penso nada

2.
eu olho para o fogo e faço mil perguntas
em silêncio ele não responde só queima

3.
o frio solitário do quarto distante do fogo me angustia de morte
como a solidão assustadora dos dias seguidos de ausência cruel

4.
a luz nos meus olhos diante do fogo enche a vida de possibilidade
a luz nos meus olhos diante do fogo me ilude me queima me cega

5.
as cores do fogo queimando a madeira e a madeira queimando as cores do fogo
fogo madeira queimando as cores e as cores as cores as cores as cores as cores


8.
não era sobre nada disso que eu queria escrever de silêncio solidão cores
era sobre o fogo que só pára de queimar e morre depois que queima tudo

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