sexta-feira treze
os dias passam leves, largos de coisas boas.
e eu respiro a paz de uma escolha bem feita.
meu corpo se contorce em artes:
se descobre entre a comédia e a luta.
liberto as mãos do que não é amor.
liberto a boca, as horas e a espera.
porque o que não é amor não me interessa.
lapido no espelho posturas e punhos.
há luz, força e memórias recentes,
mas já não há brilho que me tire do prumo.
confio meus olhos a quem grita confiança,
como o cavalo do príncipe ou o gato de alice.
as noites voam livres, preenchidas de palavras.
e eu respiro.
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