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quarta-feira, 28 de março de 2007
segunda-feira, 12 de março de 2007
fugas
tenho sangue nas mãos
não sei de quem
pode ser meu
mas não acho o corte
acordei às três da manhã
no chão gelado
no tapete encharcado
do lavabo de casa
por que no lavabo
não sei
talvez eu tenha tentado fugir
pela janela do olho
pelo ralo da fala
pela fresta do tornozelo
é um sangue que parece velho
mas fresco
o corte é interno
o sangue é veneno
talvez eu tenha tentado fugir
pelo vidro da cabeça
...
notas
a menina que roubava livros
era eu
aquela que levava as almas
era eu
a crueldade em pessoa
era eu
o décimo terceiro tiro
era eu
na família certa
no momento estranho
na melhor escola
no palco
na cidade antiga
no momento certo
no ano seguinte
no palco
na escolha intensa
no momento oculto
na alegria farta
era eu
...
tolices
de tão triste
minha agonia
sorri
ri de mim
de tão tola
e tão minha
caminha
no lugar
de tão só
dó
ré
mi
fá
noite.
a melodia amarga do palhaço morto.
...
tenho sangue nas mãos
não sei de quem
pode ser meu
mas não acho o corte
acordei às três da manhã
no chão gelado
no tapete encharcado
do lavabo de casa
por que no lavabo
não sei
talvez eu tenha tentado fugir
pela janela do olho
pelo ralo da fala
pela fresta do tornozelo
é um sangue que parece velho
mas fresco
o corte é interno
o sangue é veneno
talvez eu tenha tentado fugir
pelo vidro da cabeça
...
notas
a menina que roubava livros
era eu
aquela que levava as almas
era eu
a crueldade em pessoa
era eu
o décimo terceiro tiro
era eu
na família certa
no momento estranho
na melhor escola
no palco
na cidade antiga
no momento certo
no ano seguinte
no palco
na escolha intensa
no momento oculto
na alegria farta
era eu
...
tolices
de tão triste
minha agonia
sorri
ri de mim
de tão tola
e tão minha
caminha
no lugar
de tão só
dó
ré
mi
fá
noite.
a melodia amarga do palhaço morto.
...
sábado, 10 de março de 2007
Noites de Cabíria
no começo elas estavam brincando
encontros casuais da pele
mas estavam brincando
ele chegou
tomou uma taça de vinho nas mãos
entrou no jogo
brincavam de verdade
a brincadeira virou sedução
de verdade
elas brincavam
ele falava sério
elas se encolveram no jogo dele
gostaram da idéia
brincaram com a possibilidade
duvidaram da coragem
deixaram o vinho acabar
deixaram acontecer
a inusitada e incerta amizade
o desejo
deixaram acontecer
foi incrível
e eles sabem que será outra vez
de novo
a noite começou o jogo
aquele jogo que você nunca pensou que eu seria capaz de jogar
surpreenda-se
são três
poderiam ser quatro
poderiam pintar e fazer amor
apenas fazem amor
há penas
amor
dorme aí.
no começo elas estavam brincando
encontros casuais da pele
mas estavam brincando
ele chegou
tomou uma taça de vinho nas mãos
entrou no jogo
brincavam de verdade
a brincadeira virou sedução
de verdade
elas brincavam
ele falava sério
elas se encolveram no jogo dele
gostaram da idéia
brincaram com a possibilidade
duvidaram da coragem
deixaram o vinho acabar
deixaram acontecer
a inusitada e incerta amizade
o desejo
deixaram acontecer
foi incrível
e eles sabem que será outra vez
de novo
a noite começou o jogo
aquele jogo que você nunca pensou que eu seria capaz de jogar
surpreenda-se
são três
poderiam ser quatro
poderiam pintar e fazer amor
apenas fazem amor
há penas
amor
dorme aí.
sexta-feira, 9 de março de 2007
vida cíclica - da série "recordar é viver..."
04 de julho de 2002
Hoje, falho de ti, sou dois a sós.
Fernando Pessoa
03 de agosto de 2002
Cotidiano
Não adianta, eu sinto mesmo a sua falta...
03 de dezembro de 2002
Desencanto, Despaixão, Descanção, Desesperança, Desprendimento, Desalento
Se fosse um filme seria tão mais fácil. Mas é teatro...
19 de fevereiro de 2003
Como está o seu coração?
Minha amiga me perguntou...
16 de março de 2003
Há qualquer coisa ausente que me atormenta.
Camile Claudel
20 de abril de 2003
Alguém
Procuro alguém que tenha olhos que me olhem fundo...
1 de maio de 2003
Mais um dia
Ainda é assim. Por mais que eu tente não ser...
14 de maio de 2003
14 de maio de 2003
Parece que foi hoje
Nada no mundo é pior do que o fim do amor
Curtas
Não há passarinho, ela disse...
16 de fevereiro de 2006
Aquele dia
Aquele dia, de novo, chega...
quinta-feira, 8 de março de 2007
Para voltar... a escrever
Um dia você me ensinou a tomar chá.
Muito antes eu me apaixonei. Só por isso tomei o chá.
Era uma coisa minha. Só minha. Minha e boa. Minha e única.
Minha e cheia de uma alegria que eu quase esqueci que existia.
Era a razão das minhas vontades. De todas elas.
De ir trabalhar e de não ir. De ir a qualquer lugar. De fazer qualquer coisa.
Tudo diferente do que eu fazia antes. Tudo que eu nem gostava ou queria.
Mesmo que fosse uma fria. Com você, não era. Eu ria.
Sorria com aqueles olhos.
Aqueles olhos que você sabe...
E você foi o sol, num momento em que tudo escurecia.
Você nem sabia. Mas não precisava saber.
Era exatamente essa a magia.
Você me fez ir ao mar. Mesmo que do mar eu nem gostasse tanto.
Por causa do sal.
Mas até o sal, com você, era bom.
Sei lá o que era, te confesso.
Mas eu tremia, como se nevasse.
E mesmo se nevasse... eu nem ia embora.
Eu ia te dar o casaco e rezar pra neve encher tudo e interromper o caminho.
Sem neve.
Sem reza.
Sem certezas.
Até sem caminho...
Não sairemos de nós.
Porque eu continuo tomando chá.
E vinho.
Um dia você me ensinou a tomar chá.
Muito antes eu me apaixonei. Só por isso tomei o chá.
Era uma coisa minha. Só minha. Minha e boa. Minha e única.
Minha e cheia de uma alegria que eu quase esqueci que existia.
Era a razão das minhas vontades. De todas elas.
De ir trabalhar e de não ir. De ir a qualquer lugar. De fazer qualquer coisa.
Tudo diferente do que eu fazia antes. Tudo que eu nem gostava ou queria.
Mesmo que fosse uma fria. Com você, não era. Eu ria.
Sorria com aqueles olhos.
Aqueles olhos que você sabe...
E você foi o sol, num momento em que tudo escurecia.
Você nem sabia. Mas não precisava saber.
Era exatamente essa a magia.
Você me fez ir ao mar. Mesmo que do mar eu nem gostasse tanto.
Por causa do sal.
Mas até o sal, com você, era bom.
Sei lá o que era, te confesso.
Mas eu tremia, como se nevasse.
E mesmo se nevasse... eu nem ia embora.
Eu ia te dar o casaco e rezar pra neve encher tudo e interromper o caminho.
Sem neve.
Sem reza.
Sem certezas.
Até sem caminho...
Não sairemos de nós.
Porque eu continuo tomando chá.
E vinho.
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