terça-feira, 30 de novembro de 2004

Que será?



Que será isso de dia, noite, luz, escuridão?

Que será?



Que será que me acorda, me faz dormir, me dá fome, me dá raiva, que será?



Que será isso de amar e desamar e nem saber se ama ou se desama de amar...?

Que será isso de se-querer e não se-poder? Não se-poder não porque não se-é-permitido - ainda que também não se-seja - mas não se-poder de não-se-conseguir, não-se-suportar, não-se-entender-mais... Que será?



Que será isso de sentir e não saber, e saber que sente mas não saber sentir?

Que será essa areia movediça? Será desenho animado?

Ou será desenho desanimado? Borrão, sujeira, tinta preta... que será?



Que será isso que é à revelia das vontades?

Uma vontade contra a vontade. Uma desvontade de querer querer.

Mas que será que se quer? Que será esse querer sem saber querer?



Que será que é palco, que será que é vida, que será que é tempo?

Que será preciso pra precisar?

Que será preciso pra esperar?



Que será que falta? Ou que nunca vai completar?

Que será de tudo que não será?



Sera Sera Serador.

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